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quarta-feira, 10 de junho de 2015

Brasil possui 5 milhões de MEIs e Municípios lutam contra a inadimplência de 56% deles

Terça, 09 de junho de 2015.
O Brasil alcançou a marca de cinco milhões de Microempreendedores Individuais (MEIs) formalizados. O governo federal quer comemorar, em solenidade no dia 17 de junho, este resultado. Mas, dados da Receita Federal mostram também o lado ruim da questão: é alta a inadimplência no pagamento do Documento de arrecadação do MEI (DasMEI).

Mais precisamente, esta inadimplência chega a 56% - mais de 2,5 milhões de empresários. São grandes os esforços para evitar esse problema. Os Microempreendedores Individuais recebem as guias de pagamento pelos Correios e também podem acessá-la por meio de totens de atendimento nas unidades do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

A inadimplência dos MEIs prejudicam demais os governos municipais, alerta a Confederação Nacional de Municípios (CNM). Se por um lado os contribuintes se formalizam, por outro eles não quitam as obrigações perante a Fazenda Municipal. Neste caso, as prefeituras têm o poder de desenquadra-los do MEI e excluí-los do Simples Nacional.

Propostas negativas

Para complicar a situação, tramitam no Congresso Nacional alguns projetos que visam aumentar o limite de faturamento permitido ao MEI - passa dos atuais R$ 60 mil para R$ 120 mil. Se estas propostas forem aprovadas, causarão perdas importantes na arrecadação do Imposto Sobre Serviços (ISS) dos pequenos Municípios, certamente os mais prejudicados.

Quando o MEI foi criado, não havia previsão de ampliação de limite de faturamento anual, porque a figura do Microempreendedor Individual foi criado principalmente para trazer à formalidade aos informais, possibilitar o acesso ao crédito, direitos previdenciários, além da contratação com os setores público e privado.

Características
O MEI não recolhe os tributos federais abrangidos pelo Simples Nacional, salvo quanto à Contribuição Patronal Previdenciária (CPP) - recolhe apenas R$ 1,00 de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviço (ICMS) e R$ 5,00 de ISS.

Na análise da CNM, além de ampliar a inadimplência, os projetos em questão permitem que o optante pelo Simples Nacional migre para o MEI. Quando na verdade deve ocorrer exatamente o inverso: o MEI deve crescer e passar para o regime “ordinário” do Simples.


Uma das matérias que tratam dessa expansão é o Projeto de Lei Complementar (PLP) 448/2014. A CNM ressalta o posicionamento contrário dos Municípios com relação à aprovação desta proposta que trará graves consequências aos cofres estaduais e municipais.

Fonte: http://www.cnm.org.br/noticias/exibe/brasil-possui-5-milhoes-de-meis-e-municipios-lutam-contra-a-inadimplencia-de-56-deles

Comentário: É sabido que a inadimplência dos MEIs prejudicam demais os governos municipais, conforme alerta a Confederação Nacional de Municípios (CNM). Sendo assim, as prefeituras têm o poder-dever de desenquadrar os MEIs e excluí-los do Simples Nacional. Infelizmente, muitas prefeituras ainda não têm o certificado digital. 

Essa ferramenta é imprescindível para gerir e fiscalizar os tributos do sistema simples nacional. Sem o certificado digital, as prefeituras neglicenciam os seus próprios tributos, trazendo prejuízo ao erário municipal.

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