17/06/2015
Programa garante aos
microempreendedores acesso a direitos previdenciários, além da chance de
crescimento e qualificação
Crédito da foto: Roberto
Stuckert Filho/PR
Brasília, 17/6/2015 - Em
seis anos, 5 milhões de brasileiros que trabalham por conta própria passaram a
ser formalizados como Microempreendedores Individuais (MEIs) e a contar com a
segurança do Estado, além de ter acesso a direitos previdenciários. O MEI é um
programa de formalização e inclusão produtiva e previdenciária que atende a
pequenos empreendedores de forma simplificada, descomplicada e com redução de
carga tributária.
Para o ministro da
Secretaria da Micro e Pequena Empresa (SMPE), Guilherme Afif Domingos, a
importância da ampla formalização de cinco milhões de MEIs mostra que é preciso
criar sempre mecanismos atrativos para que as pessoas saiam da informalidade.
“Quando levamos a ideia do projeto para o presidente Lula, em 2003, falávamos
em dar cidadania a mais de 10 milhões de trabalhadores informais. Em seis anos
de trabalho, chegamos aos 5 milhões e vamos formalizar o restante nos próximos
cinco anos”.
O MEI se consolidou como
ponto de partida e alternativa para todo brasileiro que tem o sonho de
trabalhar por conta própria. E os dados mostram isso. Em julho de 2009,
procuraram a formalização 1.256 pessoas. Em 2011, o MEI rompeu a marca de um
milhão de pessoas – foram 1,6 milhão de formalizações alcançadas. Em 2012, com
o aumento do limite de faturamento, de R$ 36 mil para os R$ 60 mil anuais, o
modelo tomou corpo para chegar à marca de 5 milhões de formalizados.
Outra iniciativa importante
para que o MEI alavancasse partiu da presidenta Dilma Rousseff, quando assumiu
a responsabilidade de redução de 11% para 5% dos encargos previdenciários a
serem pagos.
“O MEI é a maior prova de
que no Brasil podemos trabalhar com agenda positiva suprapartidária, investindo
em benefícios diretos ao cidadão e em políticas públicas eficientes, capazes de
gerar renda e emprego em nossa sociedade”, destaca o ministro.
Formalizados: uma população
inteira
O ministro Guilherme Afif
destaca também que o MEI é o maior programa de inclusão econômica e social da
atualidade. “Conseguimos formalizar uma população equivalente a uma vez e meia
a do Uruguai ou à população inteira da Dinamarca, Eslováquia, Finlândia,
Noruega, Cingapura ou Irlanda. Isso mostra a força do MEI e o poder
transformador da inclusão e da qualificação”.
Para o ministro, além de
porta de entrada, o MEI é um incentivo para que empreendedores tenham condições
de crescer. “O MEI sonha tornar-se microempresa; a microempresa quer ser
pequena; e a pequena deseja ser grande. E os dados mostram que 150 mil MEIs já
se transformaram em microempresas e podem alçar voos maiores para continuar
crescendo”.
Além disso, cerca de 500 mil
pessoas cadastradas no Bolsa Família fizeram do MEI a alternativa para buscar o
seu sustento. A maior parte destes MEIs do Bolsa Família procuraram o Pronatec
para melhorar suas condições e para dar mais eficiência a seus negócios.
Mais conquistas
Algumas conquistas também
foram garantidas aos MEIs com a aprovação da lei 147/14, que promoveu a revisão
de 81 pontos do Simples Nacional, como a garantia de que o uso do endereço
residencial do MEI não acarretará em aumento de IPTU, luz e água. Além disso, a
lei resolveu um problema histórico, possibilitando que pessoas que residem em
áreas sem regularização fundiária e imobiliária consigam se regularizar como
MEIs. “Esse foi um passo muito importante, que deu oportunidade para que a
formalização e o empreendedorismo florescessem dentro das comunidades e favelas
de nosso País. Acreditamos que essas pessoas serão rapidamente formalizadas,
gerando emprego e renda em seus espaços coletivos”, destaca o ministro.
Estatísticas
Dados do Portal do
Empreendedor mostram o perfil do MEI. Em relação ao gênero, os números mostram
relativa igualdade: 52% dos formalizados são homens e 48%, mulheres. Mas nos
estados de Alagoas e Ceará as mulheres representam 51% dos MEIs.
A maioria dos formalizados
está concentrada em três faixas etárias: 31 a 40 anos (32,8%), 41 a 50 anos
(24%) e 21 a 30 anos (23,5%). Os demais estão: abaixo de 21 (1,2%), 51 a 60
(14%), 61 a 70 (3,8%) e acima de 70 (0,7%).
O setor de serviços lidera o
número de MEIs, com 42,12% do total. O comércio também se destaca nas
formalizações com 36,6%, seguido pela indústria (11,6%), construção (9,44%) e
agropecuária (0,08%).
Entre as atividades,
destacam-se profissionais de comércio varejista de artigos de vestuário e
acessórios, com 10,5%, cabelereiros (7,55%) e trabalhadores da construção civil
(4%). A maioria dos MEIs trabalha em estabelecimentos fixos (70,2%) e com sistema
porta a porta (32,4%). As transações pela internet somam 11,9% dos MEIs.
A região Sudeste apresenta o
maior número de MEIs, com 50,6% do total, seguida pelo Nordeste, com 19,9%. Em
terceiro lugar está a região Sul, com 14,8%, na frente da Centro-Oeste (9%) e
Norte, com 5,7% das formalizações. Entre os estados, São Paulo aparece com o
maior número de MEIs, com aproximadamente 1,3 milhão de formalizados (25,14%)
do total seguido por Rio de Janeiro, com 603 mil (11,91%), e Minas Gerais, com
mais 550 mil (10,9%).
Quem pode ser MEI
Todo cidadão que exerça
alguma das quase 500 atividades relacionadas nas resoluções do Comitê Gestor do
Simples Nacional pode ser MEI, desde que seu faturamento anual não ultrapasse
R$ 60 mil.
Para saber quais são as
atividades permitidas e se inscrever, o microempreendedor interessado deve
acessar o Portal do Empreendedor (http://www.portaldoempreendedor.gov.br/) e
clicar no campo Formalize-se, sem a necessidade de apresentar documentos.
Os inscritos no programa
fazem parte do Simples Nacional, programa de recolhimento simplificado de
impostos. A diferença é que os microempreendedores pagam um valor fixo por mês,
R$ 40,40 (comércio e indústria), R$ 44,40 (prestação de serviços) ou R$ 45,40
(prestação de serviços, comércio e indústria).
O MEI não paga imposto ao
Governo Federal. Paga apenas valores reduzidos para o município (R$5,00 de
ISS), se prestar serviços, e para o estado (R$1,00 de ICMS), se atuar no
comércio e/ou indústria. Também paga 5% do salário mínimo ao INSS (R$39,40),
para garantir benefícios previdenciários.
Mais informações sobre o
MEI, o interessado deve ligar no serviço de atendimento 0800-570-0800.
Fonte: SMPE
Mais informações para a
imprensa:
Daniel Lansky
6100000000
imprensa.smpe@planalto.gov.br
Fonte: http://www.portaldoempreendedor.gov.br